MICO blog

24 de Abril de 2010

Percurso de aprendizagem (Reflexão)

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O mestre disse a um dos seus alunos: Queres saber em que consiste o conhecimento? Consiste em ter consciência tanto de conhecer uma coisa quanto de não a conhecer. Este é o conhecimento…
(Confúcio)

No decurso do percurso formativo definido para a Unidade Curricular (UC) de Metodologias de Investigação em Contexto Online (MICO), a iniciação e preparação para a problemática específica da investigação nesse contexto, e para a selecção, desenho e construção de um plano de investigação, eram o cerne da questão, constituindo-se como objectivos pedagógicos a alcançar. Para tal, o mestrando deveria estudar, discutir e reflectir, metodologias de investigação em geral, bem como, a problemática da investigação com recurso à Internet.
Tendo em vista tal fim, ao longo da UC foram efectuadas inúmeras actividades e tarefas de pesquisa e análise de bibliografia relacionada com a temática da investigação online, de revisão de literatura sobre uma dada área, analisando criticamente a informação pesquisada, de realização de pesquisas relevantes e da respectiva selecção da informação mais relevante, de projecção de uma investigação em contextos educacionais online, de selecção e aplicação de métodos e técnicas de investigação, tendo por base os objectivos da investigação, de análise e interpretação dos dados compilados na investigação, de análise do relatório da investigação, e ainda de problematização da investigação em contexto online, adoptando e mantendo, ao longo de todo percurso pedagógico preconizado, o maior respeito pelos princípios éticos na actividade de prospecção de informação, eis que é chegado o momento de reflectir criticamente sobre o percurso pessoal, que se encontra grandemente documentado, não somente em contexto das intervenções e contributos efectuados na plataforma de formação, mas também, no wiki do MPEL e no presente weblog.
No que diz respeito às competências adquiridas individualmente, e ciente que algumas lacunas certamente ficaram por preencher, estou plenamente convencido que as competências exigidas para a componente formativa foram amplamente adquiridas e colocadas em prática, tendo plena consciência que nortearão a fase seguinte e serão imprescindíveis na preparação e fundamentação da tão almejada dissertação, mesmo que algumas delas tenham sido adquiridas com algum atraso, relativamente ao programa inicialmente definido, mas com redobrado esforço em alcançar os objectivos pedagógicos.
Já no que diz respeito às competências adquiridas colectivamente ou em grupo, e embora também as considere alcançadas, na sua grande maioria, o facto de ter integrado um MPEL diferente do iniciado, aliado à afinidade já existente entre a maior parte dos mestrandos, e à incapacidade de dinamizar e motivar os restantes elementos da equipa “Viagens” a participar na tão propalada partilha de conhecimentos e experiências e na construção do conhecimento de forma cooperativa e colaborativa, levou a que esta cruzada se tivesse tornado algo penosa e solitária, e não fosse o suporte e encorajamento da Professora Alda Pereira, responsável pela UC, e certamente a conclusão da última etapa da fase curricular teórica, ainda estaria por finalizar.
Assim sendo, é com a sincera sensação de “dever cumprido” que, por ora, encerro os presentes posts, pensando a eles regressar em breve, aquando do início da investigação (em contexto online) que irei desenvolver para a apresentação da Tese de Dissertação.

“O mais sábio é aquele que sabe que não sabe”
(Socrates – O Filósofo)

Investigação na Internet (Problematização)

Filed under: Contributos pessoais — mpeliano @ 9:03


O desafio lançado para reflectirmos sobre as interacções em contextos online, foi o cordão detonante de um conjunto de recordações de experiências vividas em cada processo de mudança que tenho implementado ao nível profissional, sendo diariamente confrontado com o mesmo tipo de problemas e desafios que comummente emergem da comunicação mediada por computador, nomeadamente em fóruns, em listas de discussão, em redes sociais, etc., no entanto, e tendo em conta que grande parte dos colegas já foi versando a sua atenção sobre a maioria dos aspectos que transversalmente se aplicam em vários espectros da utilização de ferramentas tecnologicamente avançadas na formação, e não querendo ser repetitivo nem redundante, irei centrar a reflexão, a seguir apresentada, na análise de interacções em contexto de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), onde poderei, com algum conhecimento de causa e consequente propriedade, complementar a componente teórica com a introdução de alguns casos práticos. Assim sendo, e apesar de mais focado, o objecto de estudo escolhido é ainda passível de análise, segundo perspectivas diferenciadas, enfatizando cada uma delas, aspectos e envolventes de grande relevância. Por exemplo, a análise das interacções como parte de um processo, orientado para a “possibilidade de avaliação da aprendizagem em EAD” (BASSANI, Patrícia), através do recurso a um modelo de mapeamento dessas interacções, baseado na utilização de uma ferramenta (tecnologia) para a concretização da citada avaliação, são dois dos caminhos seguidos pela autora referida. Não obstante o facto dos processos e a tecnologia constituírem duas áreas de grande importância, a componente determinante, do sucesso ou fracasso, de qualquer interacção, é certamente a componente humana, neste caso concreto, os intervenientes, isto é, as pessoas. É neste contexto que o artigo “Interacção nos ambientes virtuais de aprendizagem: análise de dois fóruns de discussão” (LAGUARDIA, Josué) que embora aborde as componentes tecnológicas e do processo, centra especial atenção na questão da descrição dos padrões de interacção, de tutores e formandos, mais consentâneos com as questões inicialmente levantadas em MICO – Quem diz a quem? – Quem responde a quem? – Há algum participante que centraliza a discussão?
Na sua essência, o artigo escolhido, utiliza a taxonomia SOLO (Structure of Observed Learning Outcomes), permitindo a obtenção de uma visão mais clara, através da análise de diferentes medidas de interacção entre os actores, como sejam, a densidade, reciprocidade e centralização das respectivas intervenções. No que concerne às pessoas (intervenientes/actores) e às questões anteriormente citadas, o artigo, face ao objecto de estudo, é conclusivo em considerar que, em ambas as situações, a participação dos alunos é grande, resultante em grande medida da homogeneidade do grupo e da possibilidade de comunicação assíncrona, e que a mediação pode ser exercida de forma eficaz, quer pelo tutor, quer pelos próprios formandos.
É pois sobre este último aspecto, que do ponto de vista profissional e, quer na qualidade de director de cursos em regime de e-learning, quer mesmo na qualidade de gestor da formação assistida por tecnologias de informação, que me tenho confrontado com o grande desafio, que é o envolvimento e motivação dos tutores para desempenho dessas funções, como elementos facilitadores e orientadores da aquisição e partilha de conhecimentos. Se é um facto que tais atribuições podem, em alguns casos, ser desempenhadas e apoiadas por um dos formandos, com postura mais activa e colaborativa, não é menos verdade que em determinadas formações, nomeadamente na formação inicial e na formação de especialização, é necessário que esse “papel” seja assumido pelo tutor, não obstante a natureza da sua intervenção poder ser diferente em cada momento do processo, orientando no entanto a formação, para os objectivos de aquisição de competências, definidos para a respectiva formação em curso.
Conforme Hoffmann (2001), “Quando se controla para julgar, basta andar ao lado de alguém, observando, registando, colectando provas do caminho que trilhou (…). Quando se acompanha para ajudar no trajecto é necessário percorrê-lo junto, sentindo-lhe as dificuldades, apoiando, conversando, sugerindo rumos adequados a cada aluno.”. Nesta medida, e em contexto online, a necessidade de criação de mecanismos que, por um lado, confiram aos tutores competências para fomento da aquisição de conhecimentos de forma colaborativa e cooperativa, é determinante, bem como a definição de horários específicos, para que o acompanhamento das formações online, não tenha de ser efectuado para além das suas actividades diárias. Daí a importância, ao nível organizacional, da implementação do Estatuto do e-Formador.

Relatórios de Investigação (Análise)

Filed under: Contributos pessoais — mpeliano @ 9:02


Mesmo num contexto diferente daquele em que decorreu a maior parte da análise das entrevistas, onde existiu a possibilidade de produção de um relatório, tendo por base a análise da entrevista efectuada por outro colega, neste caso concreto optei por uma introspecção relativamente à forma como decorreu a entrevista, por mim realizada, na qualidade de investigador, tendo por objecto de estudo, a própria entrevista.
Neste contexto, e por muito objectiva que se entenda que a análise de conteúdo tenha sido, sabemos que esta é francamente influenciada por algumas das características do analista, como sejam a sensibilidade, a experiência e até mesmo o conhecimento teórico que detém sobre a temática em estudo. Não obstante, procurei avaliar a entrevista realizada em dois momentos diferenciados, a saber, após a sua realização – tendo de tal actividade resultado uma matriz de análise da entrevista, e um momento posterior, que foi precedido pela análise de algumas matrizes e “pareceres” de outros colegas, tendo resultado no presente contributo, mesmo podendo comprometer os resultados pretendidos através da “fidelidade intercofidicadores”.
Assim sendo, existem pelo menos quatro aspectos que carecem de ênfase, como sejam, a adequação das questões, a qualidade da informação recolhida, o conhecimento sobre a temática e a duração da entrevista.
Quanto à primeira, e depois de analisadas as respostas à nossa entrevista, recorda-se que a mesma foi realizada através do Messenger, chegámos à conclusão que, algumas perguntas não foram feitas da forma mais correcta, nem com a sequência mais adequada, podendo mesmo ter condicionado o resultado pretendido. Por exemplo, o facto de a entrevistada se encontrar a desempenhar ao mesmo tempo outras actividades no computador, e também em virtude do interesse em se alcançarem respostas concretas, considero que algumas questões não se encontravam suficientemente claras, sendo mesmo algumas delas inadequadas, como por exemplo – “Mas em que consiste para si o termo “ensino/formação online”?”.
Quanto ao segundo aspecto, isto é, a qualidade da informação recolhida, sendo certo que a mesma depende quase que directamente dos conhecimentos detidos pelo entrevistado e, sendo boa, pode constituir uma mais-valia para a investigação, no entanto, pode revelar-se indiferente, ou mesmo pouco acurada para o estudo. Por exemplo, a resposta – “tem imensas vantagens pois consegue-se obter a formação pretendida sem necessitar de se ausentar da sua actividade profissional assim como custos mais reduzidos” patenteia alguma informação, contudo, no contexto da questão colocada – “E o termo “ensino/formação online”?” não é um valor acrescido. Sendo certo que a qualidade das respostas podem encontrar-se também relacionados como o conhecimentos dos entrevistado sobre as temáticas em estudo (terceiro aspecto) e com a longa duração da mesma (quarto aspecto), foi patente, ao longo da entrevista, que a entrevistada, aparentemente socorreu-se de informação da Internet, mas mesmo nessa situação indiciou alguma confusão de conceitos e um conhecimento da formação a distância pouco consistente. Por último, e mesmo tendo ocorrido um intervalo (para almoço), entre as questões, a determinada altura as respostas patenteavam alguma escassez de tempo.
Seria de facto muito interessante podermos avaliar se o mesmo tipo de entrevista, realizada em situação similar mas em regime presencial, poderia ter a mesma quantidade de informação, interesse, empenho e qualidade do resultado.

ANÁLISE DAS COMPETÊNCIAS ADQUIRIDAS

Filed under: Contributos pessoais — mpeliano @ 8:30


Tendo como orientação que, segundo o contrato de aprendizagem, no final da Unidade Curricular de Metodologias de Investigação em Contexto Online, deveria ter adquirido, determinadas competências, e sendo certo que o poderia ter feito de forma ininterrupta, também não é menos correcto que uma das mais-valias do e-learning é a possibilidade do e-aprendente poder alcançar as competências, pedagogicamente almejadas quando lhe for possível, ou mais oportuno, relevando-se a importância da aquisição das competências em detrimento do momento em que as mesmas são adquiridas.
Neste sentido, e tendo em vista conseguir:
1. Projectar uma investigação em contextos educacionais online;
2. Realizar pesquisas relevantes e seleccionar a informação relevante para os fins em vista;
3. Proceder a uma revisão da literatura sobre um dado campo, analisando criticamente a informação pesquisada;
4. Seleccionar e aplicar métodos e técnicas de investigação, tendo em conta os objectivos da investigação;
5. Proceder à análise e interpretação dos dados recolhidos numa investigação;
6. Analisar criticamente o relatório de uma investigação;
7. Adoptar uma postura ética na actividade investigativa;
8. Problematizar a investigação na e com o apoio da Internet;
9. Reflectir criticamente sobre o percurso pessoal
Procedi a uma auto-avaliação das mesmas tendo constatado que aquelas que eventualmente não teriam sido satisfatoriamente adquiridas, até ao momento, são as mencionadas em 6., 8. e 9., razão pela qual procedi à realização de actividades de pesquisa, leitura e análise de diversa informação, incluindo os anteriores contributos de colegas do MPEL, sintetizando a informação assimilada e materializando-a em posts, com as seguintes denominações:
Relatórios de Investigação (Análise);
Investigação na Internet (Problematização);
Percurso de aprendizagem (Reflexão).

Análise da Entrevista

Filed under: Contributos pessoais — mpeliano @ 7:18

Entrevista

Filed under: Contributos pessoais — mpeliano @ 7:06

11 de Dezembro de 2009

GUIÃO DESCOBRIMENTOS – CONTRIBUTO

Filed under: Contributos pessoais — mpeliano @ 15:34

GUIÃO COLECTIVO – DISCUSSÃO

Filed under: Contributos pessoais — mpeliano @ 13:08

8 de Dezembro de 2009

GUIÃO PARA UMA ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA

Filed under: Contributos pessoais — mpeliano @ 15:18

Depois de analisadas as entrevistas estruturadas e as não-estruturadas, eis que a caracterização das entrevistas semi-estruturadas se afigura mais simples.

Neste tipo de entrevistas, e perante uma relação de temas a incluir, são, a partir deles, formuladas questões e apresentadas ao entrevistado pela ordem que lhe convém. O que realmente interessa é que no fim da entrevista todos os temas propostos tenham sido cobertos (Wilson, 1985), independentemente da ordem e da forma como as questões são colocadas. O investigador tem, neste contexto, a hipótese de combinar o melhor de dois mundos (estruturado e não-estruturado) aproveitando as suas potencialidades.

Em termos práticos, apresenta-se a seguir um exemplo de um guião que, respeitando os requisitos previamente definidos, permite-nos conduzir uma entrevista com algum rigor e objectividade.

Guião para Entrevista semi-estruturada

14 de Novembro de 2009

INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO

Filed under: Contributos pessoais — mpeliano @ 23:00

InqueritoPorQuestionario
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